terça-feira, 5 de novembro de 2013

Impávido Polifemo, vinho e vara.


Seja bolacha ou biscoito
O Brasil todo se uniu afoito,
Interrompendo comércio, trânsito e coito
Em brado retumbante e hinos bravos
Contra o aumento dos vinte centavos
Deixando pra trás pre-pa-ras e quadrados de oito

A mídia ficar contra? Foi o normal.
Ser chamado de vagabundo pela TV e o jornal
E pela chefia do Jabor e Bial
O preocupante do curso
Foi quando mudaram de discurso
Então tudo começou a cheirar mal

(não é cínico rimar final com carnaval?)

E gritaram falando que o Brasil mostrou a cara
Sendo que só máscaras, sem rostos, nem ideias, nada pára
Discurso vazio de outras épocas se compara
Tudo mudou de noite pro dia
E o que precisamos pra viver é ideologia
E diga não ao ufanismo que se mascara

Vem pra rua, somos a maioria
Temos poder até pra agir com tirania
É o que acontece com antipartidários e cega euforia
Caos reinando de maneira pavorosa
Força sem direção é perigosa
O gigante acordou e pisa em toda minoria

Sair pra rua, todo mundo sai
Mesmo sem saber porque se vai
Mas pelo menos sabemos, agora que a ficha cai
Que podemos erguer o braço por outro motivo
Que não seja atrás de torre de Claro, Tim ou Vivo

Ou em busca de um melhor sinal de wi-fi.


Marcela de Oliveira 

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